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Foto autoral |
Sabe quando você lê um livro que você não consegue finalizar de jeito nenhum? E, de repente, você percebe que é porque seu subconsciente sabia que ele seria tão bom que você precisaria estar preparada para ler? Então, foi mais ou menos isso que aconteceu comigo, ao ler Julieta.
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Citação de Shakespeare. Foto autoral. |
Essa obra prima foi escrita pela Anne Fortier. Eu tenho uma quedinha por romances shakespearianos e tudo o que o envolve e foi isso que me fez comprar o livro, uns dois anos atrás. Ah, e também, é claro, o fato de o livro passar em duas épocas distintas: ambas em Siena, uma em 1340 e outra atualmente (que, acredito eu, deva ser 2009/2010). Eu já comecei a leitura várias vezes e empacava no quarto ou quinto capítulo. Então, depois de ler resenhas e um comentário positivo sobre ele nesta publicação, eu resolvi me forçar a lê-lo. E, sério, como não li isso antes?
Bom, primeiro de tudo, vamos à sinopse.
Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro.
Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei.
A carta diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena.
Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos – um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas começando.
O diário conta uma história trágica: há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias.E, levando-se em conta a linhagem e o nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais perigo.Instigante, repleto de romance, suspense e reviravoltas, Julieta – livro de estreia de Anne Fortier – nos leva a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para ela: o amor.
Julie Jacobs é uma pacifista meio hippie que passa os verões sendo diretora de teatros infantis em colônias de férias dedicadas a Shakespeare. E é num desses que ela está quando descobre que tia Rose morreu. Como diz na sinopse, Julie parte para Siena em busca de seu tesouro, até porque, não via a hora de esfregar isso na cara da irmã que se gabava por ter herdado a fortuna de tia Rose. Aliás, Janice (a irmã) é tão intragável que meu Deus! Eu odiava quando ela aparecia na história. Não dá pra gostar dela de início. Enfim, durante a viagem ela conhece Eva Maria - uma ricaça boa pinta e toda espalhafatosa que logo gruda em Julie - e, assim que chegam à Itália, o afilhado dela, Alessandro Santini. O cara é gato, porém, é tão grosso e arrogante que nem deixa Julie se aproximar. E pior, Julie sempre acaba se aproximando.
Em meio a essa amizade maluca e um tanto suspeita, Julie começa a ler os papéis encontrados na caixa de sua mãe e a traçar uma ligação entre Siena de 1340 e a sua vida, descobrindo coisas sobre seus antepassados, mistérios e segredos que não se perderam com o tempo. Tudo isso para encontrar o tal tesouro. Porém, as coisas começam a ficar sérias e talvez haja mais em jogo do que uma simples fortuna. É tanta reviravolta, tantas coisas que deixam de ser o que eram e outras que mudam de repente, que a gente fica sem fôlego e não consegue parar de ler. Ah, e para quem está se perguntando, sim, Siena de 1340 narra a história de Romeo e Giulietta - não o Montéquio e a Capuleto, mas o Marescotti e a Tolomei. É toda a história que nem Shakespeare se atreveu a contar. No fim de tudo, será que Julie conseguiu seu tesouro? Ou, melhor, será que nossa Giulietta conseguiu (finalmente) encontrar seu Romeo? Só lendo para descobrir. ;) haha
Informações técnicas
O livro é lindo. Gostoso de pegar, é pesado de um jeito agradável. São 444 páginas, sendo 441 de história. Todos os capítulos começam com uma citação de Romeu e Julieta (de Shakespeare) e na maior parte do livro são alterados entre atualmente e 600 anos antes. Na capa, tudo remete à coisas antigas, desde a fonte adornada até as cores que mesclam o vinho e o bege: vinho da rosa e bege do pergaminho (eu acho que é um pergaminho) com uma cidade ao fundo que, acredito eu, seja Siena. O título do livro está em relevo e todo mundo sabe que eu adoro. Apesar das cores e da fonte, eu acho a capa bem simples e elegante, passando exatamente o que o livro quer passar.
A única coisa que sempre me chama a atenção de forma negativa é a passagem do pergaminho para a rosa, que parece muito com uma montagem que não deu certo - tipo as que eu fazia no photoshop uns anos atrás. Fora isso, é muito bonita e a cara do livro. As letras no texto não são nem pequenas, nem grandes, o que dá muita história para uma página, mas isso não atrapalha na leitura, além do texto ser justificado. Ah, e as páginas são amareladas. Outra coisa interessante é que Anne Fortier, a autora, é doutora em História das Ideias. Achei o máximo essa área!
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Capa. Foto autoral. |
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Citação de Romeu e Julieta em cada capítulo. Foto autoral. |
A única coisa que sempre me chama a atenção de forma negativa é a passagem do pergaminho para a rosa, que parece muito com uma montagem que não deu certo - tipo as que eu fazia no photoshop uns anos atrás. Fora isso, é muito bonita e a cara do livro. As letras no texto não são nem pequenas, nem grandes, o que dá muita história para uma página, mas isso não atrapalha na leitura, além do texto ser justificado. Ah, e as páginas são amareladas. Outra coisa interessante é que Anne Fortier, a autora, é doutora em História das Ideias. Achei o máximo essa área!
Em suma, o livro é maravilhoso, surpreendente e de tirar o fôlego! Vale MUITO a pena a leitura e eu recomendo mesmo para todo mundo. Principalmente pra quem gosta de romances históricos, com mistérios e maldições.
Alguém já leu esse livro e compartilha dessa opinião? Ou tem uma opinião diferente? Vamos conversar, quero saber!
Beijos e até terça <3

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